30 de setembro de 2007

Carpe diem!

Duas músicas. Uma do tempo dos nossos pais, quando nós não passávamos de um “projecto a conceber”. A outra toca hoje nas rádios e discotecas deste País.
A primeira, um hino ao amor, uma verdadeira canção de nos pôr a sonhar com o melhor que a vida tem, a segunda uma canção melancólica, mas ao mesmo tempo bonita, que nos faz pensar nas voltas da vida….
A primeira canção chama-se “Love is in the air” (autor que desconheço), a segunda “Fantasmas” de Pedro Abrunhosa.
Estas duas músicas, como outras parecidas, reflectem o estado de espírito de muito(a)s encalhado(a)s neste momento: estão apaixonado(a)s, mas com medo de avançar, medo dos seus “fantasmas”.
Há decisões que mudam uma vida. Se sentem que chegou o momento, se esta é a pessoa especial…ARRISQUEM!
Viver é tomar decisões todos os dias. Neste caso, mesmo que o resultado não seja o esperado, o que ficam a perder? Levar um não é algo que já estamos habituados.
António Variações, um dos génios da música portuguesa, escreveu uma música, onde dizia: “Vou viver, até quando eu não sei, mas quero é viver!”
Um lema que todos devemos seguir, mas que não significa cometer excessos, apenas aproveitar o melhor que a vida nos dá, sem abdicar das nossas obrigações diárias.

14 de setembro de 2007

Ter ou ser namorada\o

Acho que há muitas pessoas que gostam de dizer "eu tenho namorada\o" com o mesmo tom de que se fala de um carro ou uma casa... A impessoalidade numa relação solidifica a minha convicção de não querer ter uma namorada, preferindo aguardar por ser namorado de alguém especial aos meus olhos.
Quantas vezes não reparamos em namorados que tratam sempre o outro por "namorada\o" sem que as pessoas que ouvem saibam sequer o seu nome; que começam sistematicamente por dizer qual é a profissão, família ou situação económica da\o namorada\o; que deixam andar uma relação como se fosse um cruzeiro, já chato, que teve partida mas não se sabe o destino...?
O mundo em que vivemos também leva a isso... O verbo "ter" está muito mais valorizado do que o "ser". Muitos amigos meus (na casa dos 22-25 anos) não têm namorada, mas sei que têm potencial para serem óptimos namorados e, diversamente do que podiam pensar, não são chatos gordos com óculos de fundo de garrafa. Ao contrário daqueles do tipo de rodar de namoradas até acertarem numa e, assim, quando falam na "namorada" não temos a certeza se será a mesma...
Ser namorado\a é difícil, uma relação tem altos e baixos e implica investimento. Mas não é por isso que deixa de ser admirável, quando vemos que aquelas duas pessoas se amam e lutam por algo em comum. Num namoro 1+1 é igual a 1 no amor e objectivos de vida partilhada, sem nunca esquecer que SÃO duas pessoas diferentes e únicas que a maior parte do tempo agem individualmente. Por isso queiram ser cúmplices de alguém!, não apenas ter uma companhia.