19 de dezembro de 2008

O Anel

A igualdade de direitos chegou! Se os casados e os casais de namorados tinham o seu anel como prova do amor, o(a)s encalhado(a)s têm agora um anel….de solteiro.
Parece que, de acordo com uma notícia que li num jornal, a novidade é um anel de cor azul que simboliza o estado de solteiro(a) em que uma pessoa se encontra, ou seja, este anel serve para mostrar ao mundo que somos livres como um passarinho, à procura de um ninho, perdão um amor, onde poisar….
Igualdade de classes? Parece-me que a crise faz com que surgem novos tipos de presentes.
Assim será mais fácil identificar um(a) encalhado(a), pensam alguns. Outros dirão que é mais uma maneira de fazer negócio.
Eu acho que têm ambos razão. Com o Natal à porta, aqui está uma boa prenda para oferecer (para quem não goste de chocolates, meias, pijamas, cuecas), embora não me veja a usar um anel só para dizer que sou encalhado, mas gostos não se discutem…
Aproveitando essa mítica música do Coro de Santo Amaro de Oeiras:
- “A tooooodos , um bom nataaaaaaal, a toooooodos um bom nataaaaaaal,
Desejo um Bom Natal para todos nós!”
Quanto a pedidos de natal: - muita saúde,
- algum dinheirito ( dá sempre jeito)
e mais saúde, porque o resto vem por acréscimo….

23 de novembro de 2008

Love Actually

Já mencionei por mais de uma vez o filme "O Amor Acontece". Vou fazer algumas considerações sobre estas histórias, de 2003, aproveitando o facto de ser um filme de Natal e de eu precisar de um tema para um post (não vá ser expulso do blog pelos motivos errados :).
Acho mesmo que é um filme que vale a pena verem, e não é por as ninas poderem olhar para o Rodrigo Santoro ou o Hugh Grant, ou os ninos para a Keira Knightley ou a Lúcia Moniz: é pela forma abrangente como encara o Amor.
Não digo que seja um épico imperdível, até o podem acusar de ser comercial e demasiado superficial por querer contar tantas histórias, porém para mim é admirável como um só filme condensa, de forma intencional e conseguida, a perda de uma amada, amores impossíveis, a
primeira paixão, a traição, ou o amor a vencer distâncias...!
Enfim, é relativista!, mostrando-nos que todas as relações são únicas,
por isso deixem ir acontecendo...

13 de novembro de 2008

Banco de Suplentes

Numa daquelas conversas de café, depois de almoço, uma colega tem este comentário: “ no amor, é preciso ter sempre um bom banco de suplentes”.
Uma dúvida pairou na minha cabeça durante uns bons segundos…um bom banco de suplentes, no amor? Além da metáfora da frase, o que queria ela dizer com aquilo?
Quis esclarecer esta dúvida e perguntei-lhe…a resposta foi esta:
Banco de suplentes: na procura pela nossa cara metade, devemos ter sempre várias opções, qual treinador de futebol que olha para o seu banco de suplentes (aqui está!) à procura do melhor jogador para resolver um jogo.
No entanto, a explicação não acabou aqui, continuou ela a esclarecer que na procura, por vezes complicada e demorada, do nosso amor, devemos considerar sempre mais que uma pessoa. Se há tanta gente bonita e interessante que nos rodeia, porque não escolher a melhor para nós, usando de critérios como a beleza, a personalidade, o sentido de humor e o mais que cada um considere ter em conta.
Fiquei, não diria de boca aberta, porque estava a beber o meu café (tão bom neste tempo frio), mas espantado com aquela explicação.
Decidi que daria um bom tema para este blog, por isso se andam com dúvidas sobre aquela pessoa ser ou não a vossa cara metade, lembrem-se que é sempre melhor ter outras opções para comparar.

4 de outubro de 2008

Naughty good boys

Não acredito em "bad boys", "good girls", ou no inverso.
Todos somos multifacetados, o nosso Universo interior tem muito para ser explorado!
Por isso evito fazer juízos superficiais, mas o que não faltam para aí são "pré-conceitos"... Acho que um deles é "angelicarem" a imagem dos "encalhados": seres assexuados que só sentem prazer imaterial.
Nada podia estar mais longe da verdade! Mas, porque é difícil transmitir emoções, em vez de palavras deixo-vos músicas que despertam e expressam o lado mais "naughty" que há em todos nós!
Depois de "Toque-toque" dos Da Weasel aqui ficam excertos de "I kissed a girl" da provocante Katy Perry:

"I kissed a girl and I liked it
...
It felt so wrong
It felt so right
Don't mean I'm in love tonight
...
Us girls we are so magical
Soft skin, red lips, so kissable
Hard to resist, so touchable

Too good to deny it
...
I kissed a girl and I liked it"

(Podem ver no youtube
o vídeo http://www.youtube.com/watch?v=78DQBcVMuoU
ou uma versão ao vivo http://www.youtube.com/watch?v=Czk2hKr4eC8&feature=related )

16 de setembro de 2008

Novas Oportunidades

Há dias, surgiu-me uma questão: haverá algo que estaremos a fazer mal, para que continuemos a ser encalhado(a)s ?
Será que somos demasiado exigentes, tímidos, perfeccionistas?
Deveríamos seguir o nosso instinto? As perguntas são muitas, as certezas poucas…
Se cada pessoa tem a sua personalidade, não devemos mudar. A expressão “cara-metade” significa duas pessoas que têm muito em comum.
Como saber qual essa pessoa e se vale a pena arriscar sem ter a certeza, são duas questões que apenas cada um de nós saberá responder, porque cada um tem experiências diferentes.
No entanto, não há nenhum “manual” que ensine qual a pessoa certa, como a encontrar, como a conquistar.
Seriam precisos tantos “manuais”, quantos as histórias de amor que conhecemos…
Acho que não estamos a fazer nada de errado, a não ser e isto poderá soar estranho, não procurar mais.
Não se iludam, o vosso amor não vai bater à vossa porta (a não ser que sejam vizinhos…), é preciso procurar: pode ser um(a) colega de faculdade, um(a) colega de trabalho, um(a) novo(a) amigo(a), a rapariga ou o rapaz que encontram no metro, na paragem de autocarro, no comboio; o essencial é que sigam o vosso instinto.
Se acham que encontraram a vossa cara-metade, arrisquem!
Se estão apaixonados, arrisquem!
Certezas há poucas, dúvidas há muitas, mas nesta vida só há uma verdadeira certeza: todos morremos um dia. Portanto, vivam cada dia como se fosse o último.





P.S. : este texto é dedicado a uma grande amiga e conselheira: obrigado Sofia!





6 de setembro de 2008

Da Weasel - Toque Toque

Excertos desordenados:

"...
Eu preciso de sentir aquele toque feminino, imagino
Que me possas entender erradamente então declino
Qualquer intenção que não a de trocar uma impressão
Opinião, informação, e, quem sabe, emoção?
Hora e meia de concerto e tou meio estourado
Fica do meu lado porque eu tou interessado
Em quase tudo menos sexo sem significado
E quero saber tudo de ti, timtim por timtim
...
Por isso baza à minha casa, só para um pouco de,
Nós não temos que... mas podemos se...
Dá-me tempo para que te mostre quem sou.
...
Não tenho habilidade para coro manhoso
Só covinha na bochecha e olhar curioso
Charme de trapalhão, tu és doce eu sou guloso
...
Eu não sou payboy, rude boy, bad boy,
Pura e simplesmente posso vir a ser o teu boy
... "

(Podem ver o video clip em http://www.daweaselonline.com/
e http://www.youtube.com/watch?v=fcghxZ8KC8s )

24 de agosto de 2008

Procura-se: Noiva(o)

Nos últimos tempos, tenho observado que muitos colegas de liceu já se estão a casar!
Não tenho nada contra o casamento, uma união entre duas pessoas que se amam, nem venho aqui falar sobre a precocidade dessa decisão.
Venho escrever sobre este facto estar a colocar pressão naqueles que não tendo uma relação amorosa, já vêem colegas seus casar.
Estaremos a caminhar para “ti(a)os”? Quantas vezes já se interrogaram: alguns já se casam e eu nem namorada(o) tenho?
O problema é a idade que passa e o amor que tarda em surgir. A sociedade em que vivemos pressupõe que depois dos 20 anos, já se tenha uma relação amorosa ( consolidada ou não) e chegados aos 30 anos, já estejamos casados ou a preparar-nos para isso.
O que acontece a quem não segue esta tendência? Além de sermos encalhado(a)s, há sempre aquela exclamação fundamental: “então, já está na idade de encontrares alguém!”, quase sempre proferida num misto de advertência e surpresa.
Para quem é maior de 23, começa a procurar emprego, quer ser financeiramente independente, mas não tem ninguém com quem partilhar o seu amor, há sempre a sensação que nos falta algo…e não falo da companhia da família, nem dos amigos.

30 de julho de 2008

Más experiências

As más experiências podem tornar-nos diferentes.
Há uns meses tive uma má experiência, que me fez ponderar se vale a pena acreditar ou não no sentido da palavra amor….
Uma má experiência tem sempre duas perspectivas: uma que nos faz não querer passar pelo mesmo; a outra altera a nossa mentalidade.
A primeira perspectiva tirou a vontade de me apaixonar de novo.
A segunda perspectiva levou-me a um confronto de ideias, a pôr em causa princípios e valores que tinha como seguros.
A primeira perspectiva ainda se mantém, embora espero que o tempo cure as feridas.
Quanto há segunda perspectiva, as dúvidas que tive já se dissiparam.
Se sempre acreditei na honestidade e no amor, tal como noutros valores associados a estes dois, foi porque assim me educaram….até ao dia em que somos confrontados com uma má experiência, experiência esta que nos faz vacilar.
Pensei em mudar de atitude, de seguir a via mais fácil, de me tornar igual a tantos outros que não olham a meios, para quem tudo vale.
Mas valeria a pena?
Não, porque quem se apaixonar por nós, gostará de como somos, não como podíamos ser….
Cada pessoa tem as suas qualidades, todos somos diferentes, mas, um dia, seremos especiais para alguém.

13 de julho de 2008

"Do aplauso nasce o amor"?

O amor realmente é um sentimento fértil e multifacetado, pode nascer de diversas maneiras. Depende sempre da forma de sentir de cada um e, sobretudo, das circunstâncias que aproximam duas pessoas.
Muitos são atingidos pelo “amor” à primeira vista: pouco sabem sobre a outra pessoa mas há um “click” imediato que provoca uma insaciável vontade de querer voltar a vê-la e conhecê-la melhor.
Mas... e quando isso não acontece? Até achamos a pessoa bonita mas não somos imediatamente atraídos por essa beleza. E depois temos oportunidade de a ir conhecendo e gostamos de estar com ela, adoramos o humor dela, admiramos a personalidade... Mesmo então é possível passar a sentir todos aqueles sintomas da paixão?
Pelo que vejo acredito que será verdade: “do aplauso" (também) "nasce o amor”! - Gabriel Gárcia Márquez
A pior fase é a das dúvidas: “Estar-me-ei a apaixonar?”
O ideal, teoricamente, é lutar por quem se quer e dizer o que sentimos, contudo, após algumas batalhas perdidas, ninguém luta se não tiver esperança na vitória.
Nessa fase devemos separar bem a mera admiração por alguém que “nos enche as medidas” da paixão incontrolável, sem nos esquecermos que é importante não afastarmos pessoas que admiramos apenas para explorarmos todos os cenários...

16 de junho de 2008

Padrão de beleza

No último texto que escrevi, falei sobre o padrão de beleza física.
Afinal o que é este padrão?
Para não haver confusões e mal-entendidos, não sou contra a beleza física!
Agora, sou contra certas pessoas que usam essa beleza para enganar os outros….
Quando digo que nem todos temos um padrão de beleza física, é verdade! Nem todos temos determinadas medidas (86-60-86), mas também não defendo as pessoas que são obesas! A obesidade é um grave problema de saúde, que deve ser tratado.
Para aqueles que desejam ter um corpo esbelto, com aquelas medidas, só para se sentirem alvo de olhares indiscretos, porque, mesmo negando, gostam que os outros olhem, esquecem-se que há pessoas que não conseguem ter esse padrão! Mas não deixam de ser pessoas com direito a ter uma relação amorosa, porque não tendo esse padrão, têm outras qualidades interiores.
No entanto, há excepções: há pessoas que têm este padrão e também têm essas qualidades. São raras, mas há.
Quais são essas qualidades?
R:Aquelas que nos fazem ser diferentes e iguais conforme as circunstâncias.

8 de junho de 2008

A idade não perdoa

Não tendo namorada, nem estando apaixonado, "saborei-o" mais livre e intensamente a beleza e personalidade das mulheres com quem me deparo.
Como um observador de arte, as mulheres interessantes tocam-me, fascinam-me... desfruto as suas qualidades de uma forma pura, por ser desinteressada.
Há dias estava a olhar para um "monumento" que também teria "vinte e tal" anos e assaltou-me a pergunta: será que tem namorado? Eis quando o meu olhar analítico se deparou com o anel no dedo anelar... "Bolas, estou a ficar velho" :)
Por um lado é um pouco assustador ir vendo os outros a casarem-se (apesar da diminuição da duração média dos casamentos e do aumento do número de divórcios), mas por outro lado facilita-nos a vida: o anel elimina logo à partida potenciais ilusões que viéssemos a criar.

ps: Conheço algumas mulheres que usam anéis nos dedos anelares mesmo não sendo comprometidas ou casadas, por isso tentem sempre conhecê-las melhor, não perdem nada :)

30 de maio de 2008

Espelho meu, Espelho meu...

Será a beleza física o nosso cartão de visita? Assim parece.Se em outros tempos gordura era formosura, hoje as coisas mudaram.
A beleza física é, actualmente, o melhor caminho para começar uma relação ou para atrair as atenções de olhares indiscretos.
Infelizmente, vivemos numa sociedade onde a beleza física é moda e quem não tem esse padrão, não tem muita sorte nas relações amorosas.
No entanto, os olhos só vêem o exterior e por vezes o interior não é o que se pensa…quantos já ficaram hipnotizados com tanta beleza, mas “acordaram” quando descobriram a verdadeira pessoa.
Podemos não ser um modelo, mas somos alguém com valores e princípios, alguém que apenas deseja ser amado e amar, alguém que não engana quando se revela perante os outros.
Não ter o padrão de beleza, significa não ser bonito?
Não. Há mais beleza para além do que os olhos vêem.

15 de maio de 2008

Porquê?

Porque será que as pessoas por quem nos apaixonamos, nunca nos querem para namorar?
Porque será que essas pessoas “só” nos querem para amigo(a)s?
Porque será que nunca acertamos com a nossa “alma gémea”?
Porque será que os outros conseguem e nós não?
Porque será que somos sempre a pessoa espectacular, mas que só serve para ser amigo(a)?
Ficam as perguntas….

6 de abril de 2008

Parabéns!, a vocês

Dois anos depois do primeiro post mantem-se a mesma vontade de partilhar pontos de vista, discretamente para garantir sinceridade. Iniciativas pessoais que ganham dimensão com a vossa leitura e os vossos comentários. E para assinalar este nosso e vosso aniversário pedia-vos para inserirem comentários a esta mensagem com textos com a vossa opinião sobre a seguinte questão:
Quem é que acham que toma a iniciativa (explícita) na tentativa de aproximação na maioria das relações? Os homens? As mulheres? Os homens induzidos pelas mulheres? Ou hoje em dia são ambos (ou seja, qualquer um deles)? Quando responderem pensem no número de vezes em que lançaram o isco e no número de vezes em que foram abordadas/os.
Obrigado!

31 de março de 2008

O efeito da idade...

Há dois anos, dois amigos decidiram criar um blog que deu a mostrar o admirável mundo dos encalhados….

A idade pode ser um posto, pode ser um privilégio, uma fonte de experiência, mas pode, igualmente, ser um factor de incerteza, de frustração…
Hoje, com o primeiro amor a surgir cada vez mais cedo, aqueles para quem ele constitui uma esperança repetida em cada ano que passa e a idade avança, sentem-se como perdidos num mundo onde o insucesso amoroso é visto como o primeiro passo para o surgimento de estereótipos: “encalhados(a)s”, “inseguro(a)s”.
Esta situação leva-nos a evitar falar sobre relações amorosas, a procurar uma “bolha” de protecção contra comentários indesejados da sociedade.
Sociedade que sabe como humilhar-nos, fazer-nos sentir uma minoria indesejada. Não se iludam, não somos um factor de orgulho na sociedade, aliás ela procura sempre, qual “Big Brother”, procurar-nos, marginalizar-nos, porque não somos parte desse conceito curioso de pessoa bem sucedida: alguém com sucesso pessoal e profissional.
Qual Gália cercada pelo Império Romano, não desistiremos de lutar pelo que somos: pessoas que procuram o verdadeiro amor, o amor sem curtes, o amor que supera os obstáculos da vida, o amor duradouro.
A luta e a procura continua! Não desistiremos!

16 de março de 2008

7 mulheres para 1 homem?!? Contenta-te se arranjares uma!

O fenómeno do amor, apesar de inexplicável, está rodeado de ideias feitas. Felizmente há uma teoria, que inclusivamente de quando é referida por pseudo-especialistas na imprensa, facilmente rebatível: o mito de haver muitas mais mulheres do que homens.
Vamos aos números (de 2006). De facto há mais mulheres do que homens a residir em Portugal: 51,6% e 48,4% da população, respectivamente. Mas, como podem ver, esta diferença é mínima (3,2%, ou seja, uma diferença a rondar as 340.000 pessoas), e deve-se sobretudo à diferença no grupo etário mais velho (há mais cerca de 300.000 mulheres com mais de 64 anos do que homens), havendo mesmo mais crianças, adolescentes e jovens do sexo masculino!
Se, de entre os dados que aqui servem de referência, nos fixarmos na fase da vida na qual as pessoas têm relações potencialmente mais mutáveis e com mais frequência, dos 14 aos 64 anos, há "apenas" mais 80.000 mulheres, ou seja, neste longo intervalo elas são 50,5%, e nós 49,5%... E só assim é devido ao decréscimo da população masculina ao longo dos anos.
Estes números podiam ser o ponto de partida para várias considerações ou relativizados por outras prespectivas (p ex, considerando o factor da orientação sexual).
Eu só me servirei deles para calar aqueles "básicos" que comecem a contar à minha frente a história de haver 7 mulheres para cada homem!
De resto, eu também nunca quis mais do que uma e garanto-vos que não são estes números que me não farão adiar para a 3ª idade os esforços para a encontrar :)

ps: Dados publicados na página do INE.

7 de março de 2008

Loja do Amor

Depois das lojas dos chineses, das lojas dos cidadãos, chegou a loja do amor!
Para aqueles que pensavam nunca mais encontrar a sua alma gémea, esta era a loja perfeita: só era permitida a entrada a encalhado(a)s, onde as pessoas se conheciam, trocavam opiniões, contactos, viam qual a que mais apreciavam e “voilá”, encontrava-se mais um par romântico!
Simples? Talvez, mas sempre podia haver reclamações e nesse caso o cliente tem sempre razão. Voltaria à loja e repetia-se o mesmo processo.
É o chamado “simplex” do amor, mas como o mundo não é perfeito, vinham os críticos dizer que isto era a materialização do amor, que o amor não se encontra assim numa loja qualquer (há quem o encontre em outros lugares….).
A nossa resposta é:
Experimente-se! Senão funcionar, fecha-se, como fizeram aos SAP’s deste Portugal (bom, neste caso ninguém morreria por falta de atendimento….).

23 de fevereiro de 2008

"O que eles querem sabemos nós"- dizem elas

Para as mulheres que acham que os homens são todos iguais, que não resistem a uma loira de olhos claros com corpo de modelo e “babam” quando vêem uma em topless, aqui fica este vídeo para provar o contrário:

17 de fevereiro de 2008

O Dia dos Namorados visto de fora

Não posso dizer que para mim o dia 14 de Fevereiro tenha sido um dia como os outros: comecei por estrear um blusão, para assegurar que o meu ego ia estar em alta e durante o dia observei o comportamento das pessoas, sobretudo das mulheres. ;)
Vemos coisas óbvias, como as flores que sem dúvida trazem um alegre colorido às ruas! (aproveito para dar um conselho: evitem as previsíveis rosas vermelhas)
Mas o espectáculo mais arrebatador é a beleza das mulheres, por elas elevada à potência ao esticarem o cabelo, usarem os melhores acessórios, maquilharem-se meticulosamente e vestirem-se para arrasar. Isto é normal, afinal prepararam-se para um prometedor encontro romântico.
O curioso é o amor-próprio que as namoradas expiram todo o dia, e não apenas durante o encontro. E essa atitude pode ser transportada por qualquer um nesse dia! E, tal como também dizem os comprometidos, era óptimo que noutros dias se vissem mais flores e mais amor-próprio!, os ingredientes ideais para haver mais namorados e mais dias dos namorados espontâneos.

14 de fevereiro de 2008

Amor vs Dinheiro

Hoje é o dia dos comerciantes fazerem dinheiro à custa do amor dos outros, ou seja, o dia dos namorados!
Mais um dia indiferente para quem ainda não encontrou o seu amor. Um dia igual a tantos outros, a trabalhar, a estudar ou a fazer tudo o que quisermos para nos abstrair da quantidade de amor que, neste dia, se espalha no ar…amor e também dinheiro. Vejam a cara dos comerciantes neste dia, “apaixonados” pelo dinheiro que entra nas suas caixas registadoras.
Para todos aqueles a quem este dia não diz nada, vejam o lado positivo, poupamos uns euros em prendas.
Por falar em prendas, há quem aproveite este dia para dar a prenda que o resto do ano não dá. E ainda falam em amor? Só se for amor às poupanças, o que tem a sua razão de ser, visto a crise que este País atravessa….ou será crise de valores? Porque oferecer uma prenda apenas neste dia, pressente-se que é uma questão de descargo de consciência do que amor….
Ou talvez não e já não haja dinheiro nem para o amor, mas afinal o dia de
S. Valentim (mais um santo!), não devia ser como o Natal, quando nós quiséssemos?

30 de janeiro de 2008

Tempo sabático

Apaixonaram-se pela pessoa errada? Voltaram a sofrer com mais uma paixão não correspondida? Não são os únicos, há mais gente neste País a quem o mesmo sucedeu….
Antídoto para acabar com o sofrimento só há um: levantem a cabeça e olhem em frente! Parece fácil de dizer, mas é o melhor antídoto. Aproveitem para melhorar a vida profissional, façam desporto, divirtam-se com os amigos, MAS não pensem num novo amor! A história de que um novo amor faz esquecer um velho amor, parece-me absurda.
A explicação é simples: quem se apaixona, leva tempo a recuperar de um desgosto de amor, não se entregue nos braços de uma nova paixão!
O tempo é e será sempre um bom conselheiro, quando acharem que já esqueceram a amargura de um desgosto e sentem-se preparados para o amor, não procurem….esperem que o amor apareça, porque o amor é como o carteiro, toca sempre duas vezes….ou três ou quatro, até recebermos o aviso de recepção de um novo amor.

28 de janeiro de 2008

Peças Soltas

Quem já não levou com “Teresas Guilhermes” (leia-se casamenteiras) a melgar...?
Eu quase morro de tédio quando levo com aquelas frases típicas: “Ai, temos de te arranjar uma namorada!”; “Não queres sair? Também vai uma amiga que não tem namorado.”; “Conheço uma mulher ideal para ti!”... Nessas alturas tenho a certeza que me sinto bem comigo próprio, porque pressinto implicitamente naquelas palavras o incómodo, para mim estranho, que o facto de estar encalhado provoca em algumas pessoas. O busílis da questão é... porquê?
Para além de as pessoas nos quererem ver realizados, nos vários campos da vida, penso que se deve ao medo que todos têm de estar sozinhos ou, pior, de ficar sozinhos. Alguém que poderia perfeitamente ter uma namorada e não tem está fora do normal, surge como um masoquista da solidão, é uma peça solta no enorme puzzle do Amor. Somos vistos como personificações da tão temida solidão, logo é desejável encaixarmo-nos noutras peças que também ainda não foram colocadas.
Mas as pessoas não são peças, não se juntam por mera compatibilidade. Se quisermos fazer comparações (o que é sempre redutor) são muito mais parecidas com “ímans”: ou há uma energia a atraí-“los” mutuamente ou então raramente adianta tentar juntá-“los”... Há dias, quando comentava isto com uma amiga, disseram-me que podemos é ter de procurar muito tempo pela peça de puzzle certa. :) (o que não pressupõe alguém exterior a uni-“las”)
Sempre que quiserem apresentarem-me a uma mulher descomprometida por mim tudo bem ;) mas não por ser uma potencial namorada. Apresentar-me-ei da mesma forma que me apresento a qualquer mulher, sendo como sou. Dizerem-nos antecipadamente que conhecem outra “peça solta” com segundas intenções é reduzirem duas pessoas a uma circunstância: não terem um relacionamento. Daí nunca tencionar ir a “encontros de encalhados”.
Deixem-nos conhecer naturalmente, sem nenhuma pressão antecipada. É que eu pelo menos não sinto solidão, somente estou comigo mesmo. Claro que gostava de acordar uma série de sentimentos que estão adormecidos, porém quantos têm uma relação e ainda assim se vão sentindo sozinhos?...
Tenho mais medo de não ser feliz do que de ficar sozinho. E não serei feliz apenas por sentir: como sou fiel a mim próprio sinto-me forte e sentir-me-ei realizado quando apaixonadamente encontrar o amor de uma mulher admirável.

25 de janeiro de 2008

Fórmula mágica para conquistar a mulher de sonho

O mandamento é simples: Não há uma fórmula universal para conquistar alguém (em) especial!

Devem estar a pensar que esta ideia é muito ingénua, afinal quantos playboys e Dons Juan estão neste momento a bater o coro e dizer meia dúzia de frases feitas... e a marcar pontos! E também admito que praticamente nenhuma mulher (e homem) é indiferente a um elogio.

O meu ponto de vista, porém, é diferente. Cada mulher é única, podem todas querer sentir-se desejadas mas de formas diferentes: algumas não têm pachorra para piropos, outras fingem que não gostam; há as elitistas que só abrem o quartel para os generais, e as da trincheira que deixam marchar todos da infantaria em direcção a ela, para depois poupar quem se desempenhou melhor na linha da frente.

Acredito em alguns dos discursos vaidosos de jogadores que se gabam das múltiplas vitórias ou da média de sucessos, mas recuso em absoluto a frase “consigo conquistar qualquer mulher”! Quando muito conquistará uma mulher qualquer...
Todos nós temos valor, paixão e imaginação, por isso é que todos têm hipóteses de conquistar alguém. A ideia de haver uns dotados para seduzir e uns outros desengonçados é uma questão de apostas múltiplas: se alguém tenta mais vezes obviamente ganha mais (experiência, à-vontade) e generaliza as estratégias que resultam melhor.
Contudo, para mim o amor é o reino da relatividade. Se numa primeira fase, a que chamarei “Sedução de apresentação”, pode haver jogos e jogadores, na “Sedução de fusão” atenua-se a influência de estratégias dado que as pessoas tentam conhecer-se tal como são, completando-se euforicamente na personalidade um do outro. Depois da sedução vem a partilha da vida, onde se faz a prova real da capacidade daquele amor vencer o dia-a-dia, reinventando-se continuamente. Ou seja, ser mais atraente nos primeiros minutos não é o mesmo do que realizar outra pessoa nem do que fazê-la feliz.
Tudo isto é flexível (há longas seduções, máscaras e omissões, ilusões de amor por carência, etc) mas o meu ponto de vista é o seguinte: O amor não é um sprint! Há aqueles que têm muitos treinos mas podem nunca ganhar a medalha de ouro olímpica; outros são óptimos nos 100 metros mas depois pouco mais resistem...

O grande problema dos encalhados (como são definidos no nosso blog) é estabelecer o primeiro contacto, porque sendo todas as palavras sentidas e tendo o receio de pensarem que estamos a “lançar” mais um isco como todos os outros, o medo de errar é muito maior. A partir daí conseguimos ser tanto ou mais sedutores e sensuais do que qualquer “engatatão”.
O amor é mais parecido com um beijo: uns têm fama de melhores beijoqueiros, outros não têm qualquer fama… porém dois bons “beijadores” podem dar um beijo medíocre... O que todos queremos é encontrar alguém que nos dê um beijo tão intenso que consiga simultaneamente tirar-nos o fôlego e dar-nos uma nova vida!

ps: o filme Hitch inspirou este texto. Daí que carregando no seu título se faça "linkagem" para onde podem seleccionar ver o trailler.

22 de janeiro de 2008

Síndrome de Mogli

Há uma altura na vida em que, finalmente, nos apaixonamos e melhor ainda, somos correspondidos! Bem vindos a um mundo novo: a fase do namoro…
Para muitos “ex-encalhado(a)s”, este é um admirável mundo novo, um pequeno passo para qualquer mestre do amor, mas um grande passo para aqueles que são estreantes nesta fase…
Acontece a muitos “ex-encalhado(a)s” sentirem-se como essa figura da banda desenhada, o Mogli, o rapaz que cresceu na selva e que um dia experimentou viver com a civilização. O Mogli não se adaptou a um mundo novo, onde tudo lhe parecia estranho.
É esse o sentimento que muitos “ex-encalhado(a)s” sentem quando começam a namorar. Cada dia é uma nova experiência, um aprender constante, um desafio a enfrentar, onde se cometem erros, mas ganham-se recompensas.
Para todos os “ex-encalhado(a)s” que neste momento se encontrem nesta fase, aproveitem cada minuto, pois a vida é um momento….