30 de janeiro de 2008

Tempo sabático

Apaixonaram-se pela pessoa errada? Voltaram a sofrer com mais uma paixão não correspondida? Não são os únicos, há mais gente neste País a quem o mesmo sucedeu….
Antídoto para acabar com o sofrimento só há um: levantem a cabeça e olhem em frente! Parece fácil de dizer, mas é o melhor antídoto. Aproveitem para melhorar a vida profissional, façam desporto, divirtam-se com os amigos, MAS não pensem num novo amor! A história de que um novo amor faz esquecer um velho amor, parece-me absurda.
A explicação é simples: quem se apaixona, leva tempo a recuperar de um desgosto de amor, não se entregue nos braços de uma nova paixão!
O tempo é e será sempre um bom conselheiro, quando acharem que já esqueceram a amargura de um desgosto e sentem-se preparados para o amor, não procurem….esperem que o amor apareça, porque o amor é como o carteiro, toca sempre duas vezes….ou três ou quatro, até recebermos o aviso de recepção de um novo amor.

28 de janeiro de 2008

Peças Soltas

Quem já não levou com “Teresas Guilhermes” (leia-se casamenteiras) a melgar...?
Eu quase morro de tédio quando levo com aquelas frases típicas: “Ai, temos de te arranjar uma namorada!”; “Não queres sair? Também vai uma amiga que não tem namorado.”; “Conheço uma mulher ideal para ti!”... Nessas alturas tenho a certeza que me sinto bem comigo próprio, porque pressinto implicitamente naquelas palavras o incómodo, para mim estranho, que o facto de estar encalhado provoca em algumas pessoas. O busílis da questão é... porquê?
Para além de as pessoas nos quererem ver realizados, nos vários campos da vida, penso que se deve ao medo que todos têm de estar sozinhos ou, pior, de ficar sozinhos. Alguém que poderia perfeitamente ter uma namorada e não tem está fora do normal, surge como um masoquista da solidão, é uma peça solta no enorme puzzle do Amor. Somos vistos como personificações da tão temida solidão, logo é desejável encaixarmo-nos noutras peças que também ainda não foram colocadas.
Mas as pessoas não são peças, não se juntam por mera compatibilidade. Se quisermos fazer comparações (o que é sempre redutor) são muito mais parecidas com “ímans”: ou há uma energia a atraí-“los” mutuamente ou então raramente adianta tentar juntá-“los”... Há dias, quando comentava isto com uma amiga, disseram-me que podemos é ter de procurar muito tempo pela peça de puzzle certa. :) (o que não pressupõe alguém exterior a uni-“las”)
Sempre que quiserem apresentarem-me a uma mulher descomprometida por mim tudo bem ;) mas não por ser uma potencial namorada. Apresentar-me-ei da mesma forma que me apresento a qualquer mulher, sendo como sou. Dizerem-nos antecipadamente que conhecem outra “peça solta” com segundas intenções é reduzirem duas pessoas a uma circunstância: não terem um relacionamento. Daí nunca tencionar ir a “encontros de encalhados”.
Deixem-nos conhecer naturalmente, sem nenhuma pressão antecipada. É que eu pelo menos não sinto solidão, somente estou comigo mesmo. Claro que gostava de acordar uma série de sentimentos que estão adormecidos, porém quantos têm uma relação e ainda assim se vão sentindo sozinhos?...
Tenho mais medo de não ser feliz do que de ficar sozinho. E não serei feliz apenas por sentir: como sou fiel a mim próprio sinto-me forte e sentir-me-ei realizado quando apaixonadamente encontrar o amor de uma mulher admirável.

25 de janeiro de 2008

Fórmula mágica para conquistar a mulher de sonho

O mandamento é simples: Não há uma fórmula universal para conquistar alguém (em) especial!

Devem estar a pensar que esta ideia é muito ingénua, afinal quantos playboys e Dons Juan estão neste momento a bater o coro e dizer meia dúzia de frases feitas... e a marcar pontos! E também admito que praticamente nenhuma mulher (e homem) é indiferente a um elogio.

O meu ponto de vista, porém, é diferente. Cada mulher é única, podem todas querer sentir-se desejadas mas de formas diferentes: algumas não têm pachorra para piropos, outras fingem que não gostam; há as elitistas que só abrem o quartel para os generais, e as da trincheira que deixam marchar todos da infantaria em direcção a ela, para depois poupar quem se desempenhou melhor na linha da frente.

Acredito em alguns dos discursos vaidosos de jogadores que se gabam das múltiplas vitórias ou da média de sucessos, mas recuso em absoluto a frase “consigo conquistar qualquer mulher”! Quando muito conquistará uma mulher qualquer...
Todos nós temos valor, paixão e imaginação, por isso é que todos têm hipóteses de conquistar alguém. A ideia de haver uns dotados para seduzir e uns outros desengonçados é uma questão de apostas múltiplas: se alguém tenta mais vezes obviamente ganha mais (experiência, à-vontade) e generaliza as estratégias que resultam melhor.
Contudo, para mim o amor é o reino da relatividade. Se numa primeira fase, a que chamarei “Sedução de apresentação”, pode haver jogos e jogadores, na “Sedução de fusão” atenua-se a influência de estratégias dado que as pessoas tentam conhecer-se tal como são, completando-se euforicamente na personalidade um do outro. Depois da sedução vem a partilha da vida, onde se faz a prova real da capacidade daquele amor vencer o dia-a-dia, reinventando-se continuamente. Ou seja, ser mais atraente nos primeiros minutos não é o mesmo do que realizar outra pessoa nem do que fazê-la feliz.
Tudo isto é flexível (há longas seduções, máscaras e omissões, ilusões de amor por carência, etc) mas o meu ponto de vista é o seguinte: O amor não é um sprint! Há aqueles que têm muitos treinos mas podem nunca ganhar a medalha de ouro olímpica; outros são óptimos nos 100 metros mas depois pouco mais resistem...

O grande problema dos encalhados (como são definidos no nosso blog) é estabelecer o primeiro contacto, porque sendo todas as palavras sentidas e tendo o receio de pensarem que estamos a “lançar” mais um isco como todos os outros, o medo de errar é muito maior. A partir daí conseguimos ser tanto ou mais sedutores e sensuais do que qualquer “engatatão”.
O amor é mais parecido com um beijo: uns têm fama de melhores beijoqueiros, outros não têm qualquer fama… porém dois bons “beijadores” podem dar um beijo medíocre... O que todos queremos é encontrar alguém que nos dê um beijo tão intenso que consiga simultaneamente tirar-nos o fôlego e dar-nos uma nova vida!

ps: o filme Hitch inspirou este texto. Daí que carregando no seu título se faça "linkagem" para onde podem seleccionar ver o trailler.

22 de janeiro de 2008

Síndrome de Mogli

Há uma altura na vida em que, finalmente, nos apaixonamos e melhor ainda, somos correspondidos! Bem vindos a um mundo novo: a fase do namoro…
Para muitos “ex-encalhado(a)s”, este é um admirável mundo novo, um pequeno passo para qualquer mestre do amor, mas um grande passo para aqueles que são estreantes nesta fase…
Acontece a muitos “ex-encalhado(a)s” sentirem-se como essa figura da banda desenhada, o Mogli, o rapaz que cresceu na selva e que um dia experimentou viver com a civilização. O Mogli não se adaptou a um mundo novo, onde tudo lhe parecia estranho.
É esse o sentimento que muitos “ex-encalhado(a)s” sentem quando começam a namorar. Cada dia é uma nova experiência, um aprender constante, um desafio a enfrentar, onde se cometem erros, mas ganham-se recompensas.
Para todos os “ex-encalhado(a)s” que neste momento se encontrem nesta fase, aproveitem cada minuto, pois a vida é um momento….