25 de janeiro de 2008

Fórmula mágica para conquistar a mulher de sonho

O mandamento é simples: Não há uma fórmula universal para conquistar alguém (em) especial!

Devem estar a pensar que esta ideia é muito ingénua, afinal quantos playboys e Dons Juan estão neste momento a bater o coro e dizer meia dúzia de frases feitas... e a marcar pontos! E também admito que praticamente nenhuma mulher (e homem) é indiferente a um elogio.

O meu ponto de vista, porém, é diferente. Cada mulher é única, podem todas querer sentir-se desejadas mas de formas diferentes: algumas não têm pachorra para piropos, outras fingem que não gostam; há as elitistas que só abrem o quartel para os generais, e as da trincheira que deixam marchar todos da infantaria em direcção a ela, para depois poupar quem se desempenhou melhor na linha da frente.

Acredito em alguns dos discursos vaidosos de jogadores que se gabam das múltiplas vitórias ou da média de sucessos, mas recuso em absoluto a frase “consigo conquistar qualquer mulher”! Quando muito conquistará uma mulher qualquer...
Todos nós temos valor, paixão e imaginação, por isso é que todos têm hipóteses de conquistar alguém. A ideia de haver uns dotados para seduzir e uns outros desengonçados é uma questão de apostas múltiplas: se alguém tenta mais vezes obviamente ganha mais (experiência, à-vontade) e generaliza as estratégias que resultam melhor.
Contudo, para mim o amor é o reino da relatividade. Se numa primeira fase, a que chamarei “Sedução de apresentação”, pode haver jogos e jogadores, na “Sedução de fusão” atenua-se a influência de estratégias dado que as pessoas tentam conhecer-se tal como são, completando-se euforicamente na personalidade um do outro. Depois da sedução vem a partilha da vida, onde se faz a prova real da capacidade daquele amor vencer o dia-a-dia, reinventando-se continuamente. Ou seja, ser mais atraente nos primeiros minutos não é o mesmo do que realizar outra pessoa nem do que fazê-la feliz.
Tudo isto é flexível (há longas seduções, máscaras e omissões, ilusões de amor por carência, etc) mas o meu ponto de vista é o seguinte: O amor não é um sprint! Há aqueles que têm muitos treinos mas podem nunca ganhar a medalha de ouro olímpica; outros são óptimos nos 100 metros mas depois pouco mais resistem...

O grande problema dos encalhados (como são definidos no nosso blog) é estabelecer o primeiro contacto, porque sendo todas as palavras sentidas e tendo o receio de pensarem que estamos a “lançar” mais um isco como todos os outros, o medo de errar é muito maior. A partir daí conseguimos ser tanto ou mais sedutores e sensuais do que qualquer “engatatão”.
O amor é mais parecido com um beijo: uns têm fama de melhores beijoqueiros, outros não têm qualquer fama… porém dois bons “beijadores” podem dar um beijo medíocre... O que todos queremos é encontrar alguém que nos dê um beijo tão intenso que consiga simultaneamente tirar-nos o fôlego e dar-nos uma nova vida!

ps: o filme Hitch inspirou este texto. Daí que carregando no seu título se faça "linkagem" para onde podem seleccionar ver o trailler.

Sem comentários: