28 de janeiro de 2008

Peças Soltas

Quem já não levou com “Teresas Guilhermes” (leia-se casamenteiras) a melgar...?
Eu quase morro de tédio quando levo com aquelas frases típicas: “Ai, temos de te arranjar uma namorada!”; “Não queres sair? Também vai uma amiga que não tem namorado.”; “Conheço uma mulher ideal para ti!”... Nessas alturas tenho a certeza que me sinto bem comigo próprio, porque pressinto implicitamente naquelas palavras o incómodo, para mim estranho, que o facto de estar encalhado provoca em algumas pessoas. O busílis da questão é... porquê?
Para além de as pessoas nos quererem ver realizados, nos vários campos da vida, penso que se deve ao medo que todos têm de estar sozinhos ou, pior, de ficar sozinhos. Alguém que poderia perfeitamente ter uma namorada e não tem está fora do normal, surge como um masoquista da solidão, é uma peça solta no enorme puzzle do Amor. Somos vistos como personificações da tão temida solidão, logo é desejável encaixarmo-nos noutras peças que também ainda não foram colocadas.
Mas as pessoas não são peças, não se juntam por mera compatibilidade. Se quisermos fazer comparações (o que é sempre redutor) são muito mais parecidas com “ímans”: ou há uma energia a atraí-“los” mutuamente ou então raramente adianta tentar juntá-“los”... Há dias, quando comentava isto com uma amiga, disseram-me que podemos é ter de procurar muito tempo pela peça de puzzle certa. :) (o que não pressupõe alguém exterior a uni-“las”)
Sempre que quiserem apresentarem-me a uma mulher descomprometida por mim tudo bem ;) mas não por ser uma potencial namorada. Apresentar-me-ei da mesma forma que me apresento a qualquer mulher, sendo como sou. Dizerem-nos antecipadamente que conhecem outra “peça solta” com segundas intenções é reduzirem duas pessoas a uma circunstância: não terem um relacionamento. Daí nunca tencionar ir a “encontros de encalhados”.
Deixem-nos conhecer naturalmente, sem nenhuma pressão antecipada. É que eu pelo menos não sinto solidão, somente estou comigo mesmo. Claro que gostava de acordar uma série de sentimentos que estão adormecidos, porém quantos têm uma relação e ainda assim se vão sentindo sozinhos?...
Tenho mais medo de não ser feliz do que de ficar sozinho. E não serei feliz apenas por sentir: como sou fiel a mim próprio sinto-me forte e sentir-me-ei realizado quando apaixonadamente encontrar o amor de uma mulher admirável.

1 comentário:

Anónimo disse...

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